quarta-feira, 19 de novembro de 2008

OS MELHORES - TOP 10

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA (vmmaia@uol.com.br)

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OS MELHORES:

A nossa BANDEIRADA é sempre a primeira a publicar a lista dos melhores do ano da F1. Nesta temporada, não vai ser diferente. Certamente, que após a nossa singela indicação, aparecerão as divergências, mas este é o objetivo: a ampla discussão. Com a lembrança de que o campeonato não foi só o GP Brasil.

Pela ordem:

1º) SEBASTIEN VETTEL: foi o melhor piloto do ano em minha opinião. Explico: embora o começo não muito bom, vencer em Monza (foi pole, também), com uma Toro Roso, ex-Minardi (um dos piores carros da história da F1), não é feito para qualquer um. Vale como um título.
2°) LEWIS HAMILTON: no segundo lugar do podium por ter sido campeão. Fez uma temporada de altos e baixos. Foi extremamente ousado em algumas situações (Bélgica e Japão) e muito conservador em outras (Interlagos). Cometeu erros, entre eles, o abalroamento em Raikkonen, no Canadá.
3º) FELIPE MASSA: reagiu muito bem ao início complicado, onde cometeu erros como aquele na Malásia (2º prova). Também, ele teve altos e baixos momentos, durante a temporada. Erros como em Silverstone e acertos como o da largada na Hungria. Amadureceu como nunca, durante o ano e foi prejudicado em alguns momentos pela equipe, sem reclamar.
4º) ROBERT KUBICA: o polonês conseguiu a sua primeira vitória, chegou a assumir a liderança do campeonato, até o GP Canadá, algo surpreendente. Lutou pelo título até o GP Japão. Outro feito. Não teve equipamento para buscar Hamilton e Massa.
5º) FERNANDO ALONSO: mostrou no final de campeonato o seu currículo de bicampeão. Fez andar a “carroça” da Renault. Um pena ter conseguido reagir tarde demais. Mesmo assim, contabilizou duas vitórias.
6º) NICK HIEDFELD: embora a badalação sobre seu companheiro de equipe (Kubica), o alemão fez um boa temporada (4 podiuns). Destaque especial para a cartada no GP Bélgica, quando parou na última volta para trocar os pneus e a tática quase deu certo.
7°) NICO ROSBERG: fez dois podium (Austrália/Cingapura), com uma Williams é muita coisa. Porém, precisa melhorar para não ser a eterna promessa, a exemplo de Trulli, Button e muitos outros.
8º) JARNO TRULLI: talvez, sua melhor temporada na F1. Apareceu bem nos treinos, dificultou muito as ultrapassagens dos concorrentes. Esteve freqüentemente entre os oito primeiros e chegou a um podium, na França.
9°) KIMI RAIKKONEN: desmotivado, porém, por ter vencido duas corridas e ajudado a Ferrari na reta final, merece ficar no grupo dos dez.
10º) TIMO GLOCK: fez, também, seu primeiro podium, na Hungria. Esteve bem, principalmente, no final do campeonato.

A lista e a justificativa estão à disposição para o amplo debate. Mas cabe, novamente, o registro que a escolha se baseia nas dezoito (18) provas realizadas na temporada. Não somente a última.

URUGUAIANA, 19 DE NOVEMBRO DE 2008.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

JUSTO

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA (vmmaia@uol.com.br)

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LISTA DOS MELHORES:

Aqui no BANDEIRADA, quase sempre, a lista dos melhores chega primeiro. Vou indicá-los, hoje, a justificativa vem na próxima semana: 1) Sebastian Vettel; 2) Lewis Hamilton; 3) Felipe Massa; 4) Robert Kubica; 5) Fernando Alonso; 6) Nick Hiedfeld; 7) Nico Rosberg; 8) Jarno Trulli; 9) Kimi Raikkonen; 10) Timo Glock.

DEZOITO:
A relação dos melhores leva em conta que a temporada tem dezoito provas (18) provas. Não se deixa levar pela emoção da última curva. É direito de o leitor opinar. Mas, não esqueçam disto. Analisei levando em conta os resultados, as possibilidades, as condições de cada uma nas suas equipes, condições dos carros que pilotaram durante a temporada toda, os erros cometidos. Cheguei ao meu resultado. Portanto, aqueles que não concordarem, basta fazer a sua lista.

LIÇÃO:
O próprio Felipe Massa mencionou que não perdeu o título na ultima curva. Perdeu no conjunto de dezoito corridas, onde ficou UM (01) pontinho só atrás do vencedor Lewis Hamilton.
PELO JUSTO:
Não gosto muito da história do “SE”. Porém, imaginando que Lewis Hamilton não tivesse ultrapassado Glock, na última corrida, teríamos Felipe Massa, campeão. Eles ficariam empatados com 97 pontos. O brasileiro seria campeão por ter conseguido uma vitória a mais do que o inglês (6x5). Porém, é importante lembrar que esta vitória a mais não seria só a conquistada no Brasil, na última prova.
A prova decisiva do campeonato, na verdade, seria o GP Bélgica, corrida na qual Lewis Hamilton foi o vencedor e, posteriormente, punido. Naquela oportunidade, a vitória foi tirada do inglês e entregue ao brasileiro Massa.
Assim, teríamos um campeonato decidido por um comissário, fiscal, que puniu (em minha opinião, injustamente) o inglês e, ainda, entregou a vitória para o nosso representante (grande e decisiva vantagem, no caso de empate entre ambos). Não seria justo o campeonato ser decidido assim. Principalmente, pela forte dúvida e/ou polêmica punição recebida pelo inglês. Para quem não lembra: Hamilton atalhou a chicane, devolveu a posição para Raikkonen e, logo a seguir, efetuou a ultrapassagem na curva seguinte, o que foi considerado irregular pelos fiscais. Este julgamento dos fiscais da Bélgica passaria a ser decisivo no campeonato. Mais importante do que as demais 18 provas.
O justo pelo justo: Lewis Hamilton.

URUGUAIANA, 11 DE NOVEMBRO DE 2008.

sábado, 8 de novembro de 2008

KERS - Fórmula 1 a pilha ou a fricção

2009 vai ser um ano de mudanças na F1. Grandes mudanças. Já não bastasse a volta dos slicks e o fim dos penduricalhos aerodinâmicos, que devem melhorar as brigas na pista e tornar os carros mais bonitos, também teremos a introdução do KERS (Kinetic Energy Recovery System/Sistema de Reaproveitamento de Energia Cinética). Nós meros mortais pouco sabemos sobre o KERS e muita bobagem vem sendo dita inclusive na TV. O que basicamente se sabe e que ele dá choque (BMW) e que explode (Red Bull).

O KERS é uma forma de reaproveitar a energia perdida nas frenagens e usá-la como potência extra para o carro. Usando o movimento das rodas no momento que o piloto pisa no freio para gerar energia, armazená-la num dispositivo e aplicar essa energia novamente nas rodas em momento da aceleração.

O mais legal de tudo isso e que existem várias formas de se aplicar isso e as equipes estão trabalhando em projetos diferentes. Adorava a época que os motores eram liberados. V12, V10, V8, W16, H8. Um motor poderia ser melhor numa pista, mas não era em todas. Isso equilibrava a disputa. A beleza esta nas diferenças. Imagine se todas as mulheres fossem iguais. Todas seriam igualmente belas, mas nenhuma seria mais que a outra. E também apareceriam alguns dizendo que todas são feias. Dou como exemplo a Stock V8, todos iguais, todos horríveis iguais, nenhum mais, nenhum menos.

A princípio a maioria das equipes trabalham com soluções elétricas. Um gerador é acoplado ao sistema de transmissão que no momento da frenagem acumula energia em uma bateria e essa aciona um motor elétrico também acoplado ao sistema de transmissão ao comando do piloto. Esse motor pode gerar no máximo 80 cavalos por no máximo 6,67 segundos por volta segundo o regulamento da FIA. São 80 cavalos a mais em um motor que não chega a 800 cavalos, ou seja, mais de 10% de ganho em quase 7 segundos. Como na maioria dos circuitos atuais o tempo de volta varia em torno de 70 a 80 segundos podemos dizer que são 10% também do tempo. Ou seja, o ganho é significativo. O problema é que esse sistema é pesado, principalmente as baterias e na f1 mais é mais. Mais peso, mais lento.

Esse sistema acima seria um F1 a pilha, só que também existe uma solução a fricção. Engenheiros ingleses desenvolveram um dispositivo que acumula energia cinética em um volante que gira numa câmara a vácuo, apelidado de Flybrid. O volante em forma de disco é acoplado a um câmbio CVT (Continuously Variable Transmission/Transmissão Continuamente Variável) que e acoplado ao sistema de transmissão. Quando as rodas freiam o CVT é acionado fazendo girar o volante a até 100.000 rpms. Ao comando do piloto o câmbio CVT é acoplado ao sistema de transmissão transferindo o movimento do volante para as rodas. É igual o funcionamento do carrinho de fricção. Os desenvolvedores dizem que o aproveitamento de energia é de 70% contra 40% do sistema elétrico que tem que transformar movimento em eletricidade e depois eletricidade em movimento, perdendo eficiência, no sistema Fybrid a energia é acumulada em forma de movimento e não requer conversão e o sistema inteiro é muito mais leve.

Ao que parece a Williams deve usar esse sistema e também uma outra equipe que pode ser a McLaren ou a Renault, afinal os engenheiros são ex-funcionários a empresa francesa.

Vale lembrar que o KERS é permitido e não obrigatório para 2009. Acho que talvez nenhuma equipe vai usá-lo na primeira prova de 2009 mas me arrisco a dizer que ninguém vai chegar no final do ano sem ele.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

REQUINTES DE CRUELDADE

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

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REQUINTES DE CRUELDADE:
Já vi isto, sim, no automobilismo. Já vi isto, sim, em filmes. Aqueles cujo roteiro deixa para resolver tudo nos últimos momentos. A história do GP Brasil teve todos os requintes: tensão, com a chuva da largada. Dúvida, sobre a estratégia a seguir. Perigo, nas condições da pista, no final. Expectativa, pois a poucos metros da chegada, ninguém sabia ao certo que venceria o campeonato. O roteiro perfeito de um filmaço. Mas, teve o seu lado cruel: com a torcida da arquibancada, com a equipe Ferrari e com a família e amigos de Felipe Massa. Mas... Para quem aprecia o automobilismo foi mais uma corrida sensacional. E um campeonato mundial inesquecível. Que vale um livro. Que vale um filme.

JUSTO:

Houve um grande equilíbrio na temporada. Entre Hamilton e Massa. Ambos mereciam o título. Porém, somente um deles poderia ficar com a “taça”. Foi justo. Lembro do episódio da Bélgica, quando tiraram a vitória do inglês, por ele ter “ousado” a ultrapassar. Ali, a FIA estabeleceu um equilíbrio que o campeonato já não tinha. Uso isto para fundamentar a minha opinião. Felipe Massa foi grande. Principalmente, no final do campeonato. Mas, o título, pelo episódio da Bélgica, ficou nas mãos certas.

CONSPIRAÇÃO:

Por favor, chega com a história de conspiração. Na última volta somente dois carros não tinham trocado os pneus para pista molhada. Estavam – portanto - com pneus para pista seca, com Interlagos chovendo. Eram eles ambos os pilotos da Toyotta, que resolveram arriscar ir até o final. Explico ainda, que Timo Glock somente estava na última volta em quarto lugar, pois não havia parado para trocar os pneus. Resumindo tempo de volta de Glock: 1.44.731. Tempo de volta de Trulli (seu companheiro de equipe e que estava nas mesmas condições): 1.44.800. Vejam, portanto, que Glock chegou até a andar mais rápido que Trulli, na última volta. Os dados podem ser coletados em vários sites e blogs de automobilismo e na própria página da FIA. Para finalizar: a Toyotta tem os seus compromissos com patrocinadores. Metas a cumprir durante a temporada. Jamais facilitaria a vida de uma concorrente, no caso a Mercedes-McLaren. Portanto, chega!!!!

CONSOLO:

O brasileiro entrou na onda do automobilismo, por força dos resultados de Felipe Massa. Por ter ele chegado ao Brasil com chances de ser campeão do mundo. Voltamos a dar importância a F1, pois tem brasileiro ganhando. Então, um lembrete: anotem as datas do calendário da próxima temporada em começa no final de março/2009 (28/29). E um detalhe: Felipe Massa amadureceu muito neste ano de 2008. Começou mal o campeonato, cometeu erros (Malásia), reagiu. Mostrou evolução no aspecto psicológico e se credenciou ao título do próximo ano.

ENTENDEM??
Pessoal que lê o BANDEIRADA, sabe do meu fanatismo por automobilismo de competição. Deixo de fazer qualquer coisa para assistir uma corrida, especialmente, as da F1. O final do GP Brasil, no domingo, é a prova definitiva que este fanatismo não é à toa. Entenderam porque gastei mais de MIL HORAS da minha vida, frente a uma televisão vendo provas da F1????

SAUDADES:

Serão quase cinco meses sem F1. Confesso! Já estou morrendo de saudades.

URUGUAIANA, 05 DE NOVEMBRO DE 2008.