quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

OS GARAGISTAS



Fotos da Lotus de Emerson Fittipaldi. Colin Chapman, um dos grande garagistas da F1.
OS GARAGISTAS:

A política NEO “quebrou” o sistema financeiro mundial. Eles que pregaram a privatização de tudo que era do Estado, agora, por pura ironia do destino, recorrem ao próprio Estado, como tábua de salvação para a bancarrota. Por uma incrível coincidência, as coisas são semelhantes na F1, na categoria principal do automobilismo mundial.
Os dirigentes da F1 badalaram as grandes montadoras; criaram várias regras de acesso à categoria, até uma taxa de adesão na ordem de 40 milhões de dólares. Praticamente, eliminaram as equipes pequenas, que fizeram a história da categoria.
Festejaram e privilegiaram a chegada da Honda, Toyotta, Renault, Mercedes e BMW. Acharam que a paz estava selada para sempre e que todos seriam felizes com seus motorhomes, suas festanças (até orgias, como foi pego o Presidente Max Mosley, certa vez).
Não é que agora, assustados com o pouco comprometimento das grandes montadoras e com a possibilidade real de deserção, eles – os festeiros – apuram-se a correr atrás de “novos” parceiros. Criam a regra do “motorzinho básico baratinho” e recorrem a quem? Aos velhos garagistas abandonados. Aqueles que faziam seus carros de forma quase artesanal, na garagem de casa, mas que marcaram e criaram a história da categoria.
Assim como, os banqueiros, as seguradoras, as montadoras, recorreram ao “velho” Estado; na F1, os dirigentes tentam salvar a categoria, recorrendo aos maltratados garageiros, que desde a década de 50 até a entrada das “grandes” montadoras, mantiveram a F1.
Há um grande risco da F1 em seguir incentivando a participação das grandes montadoras. Assim como elas chegam, saem! Não tem qualquer comprometimento com a categoria. Se o negócio está bom, tudo com elas. Mas, a qualquer adversidade, fim da história.




sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ROLETA-RUSSA

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

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ROLETA-RUSSA:

Cada vez mais nos assustamos com a dimensão da crise econômica mundial. Seus reflexos, suas conseqüências ainda estamos longo de saber. Ficou a lição de que não há como sobreviver com a ciranda financeira e a roleta-russa que se estabeleceu no mercado econômico mundial e afetou tudo.
Uma das pioneiras da bancarrota foi um banco que tinha ações na F1. Depois, insinuam-se problemas com a GM americana (não está na F1) e, agora, caiu como uma bomba a desistência da Honda, em continuar participando do campeonato mundial de F1, já em 2009.
Claro que a Honda não quebrou na bolsa de valores, porém, deve destinar os investimentos que fazia (e não era pouco) na F1, para recuperar um ou outro setor abalado pela crise. A F1 passou a ser prejuízo e supérfluo.
Fico pensando cá com meu travesseiro, sem nunca ter aplicada na bolsa: qual será o destino das outras equipes, as pequenas da F1?? Questiono-me. Talvez, nunca a categoria tenha enfrentado um problema tão gigantesco. Já que – além das próprias montadoras – existem sérias dificuldades com os patrocinadores, fortemente abalados pela crise.

NEO:

Na crise na F1 e no mundo, boa parte deve ser creditada ao incoerente sistema NEO. Eles pregam que o Estado não pode gerir nada além da saúde e segurança pública. Que bancos, petróleo, minas e até serviços essenciais entre outros tantos devem ser administrados pela iniciativa privada. Porém, quando “estourou” a crise, os “quebrados” correrão aos seus Governos para pedir socorro. Tudo com a ameaça de desemprego, recessão, falta de valores para investimentos. Para isto, o Estado serve... Quem sabe, a Honda – agora – se socorre do governo japonês...

QUAL O DESTINO? (01):

Quem ficou “a ver navios” foi a nossa Petrobrás. Tinha contrato com Honda para fornecimento de combustível em 2009. Agora, a “estatal” brasileira, vai ter que procurar outro caminho. E dizer que a Petrobrás abriu mão do contato que tinha com a “velha” Williams...


QUAL O DESTINO? (02):

Quem definitivamente ficou sem lugar foi Rubens Barrichello, agora só um milagre para seguir na categoria. Levou junto Bruno Senna, apesar do “sobrinho” dizer preparado pelo plano “B”: Force Índia ou Toro Roso. Luca de Grassi já estava sem destino mesmo, não perdeu nada com isto.

DEZOITO CARROS:

Grid diminui sensivelmente. Muda-se até a divisão de treinos. É o menor grid desde 1969. Fato altamente preocupante.

URUGUAIANA, 05 DE DEZEMBRO DE 2008.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

MEDALHAS














Na foto o colunista com Luciano Burti, em Tarumã, dia 22/11/2008, durante a 11ª Etapa da Copa Nextel Stock car 2008.



BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

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MEDALHAS:

Nos últimos três anos, tivemos os campeonatos da F1 decididos na corrida final. Era tudo que a categoria mais precisava. Nos dois últimos anos, o suspense foi até depois da bandeirada final. A fórmula da disputa está aprovada, portanto. Acontece que – agora – o Sr. Bernie Ecclestone quer incutir nas equipes um novo sistema de pontuação, outorgando aos vencedores medalhas, usando critério olímpico. No final do ano teríamos como campeão não o piloto com mais pontos, mas aquele que tiver mais medalhas de ouro. Não disseram para o “capo” da F1, o velho ditado: “Não se mexe em time que está ganhando.”
A “idéia” está sendo recebida com fortes protestos, por parte dos dirigentes, principalmente, as pequenas, que ficariam alijadas de qualquer possibilidade de ostentar uma medalha olímpica. Principalmente, pelo fato de que as vitórias passariam a ser muito valorizadas e, portanto, aumentaria o investimento das grandes equipes.
Recado: Bernie! Esquece isto...

VITÓRIAS:

Se o objetivo é valorizar as vitórias, que seja alterada novamente a pontuação. Dando-se mais pontos para quem vence. Aliás, a regra de diminuir a diferença de pontos entre primeiro e segundo, foi instituída na categoria após o domínio gigantesco de Michael Schumacher, que – pelo sistema antigo – chegava à metade do campeonato como quase campeão. Portanto, existem várias maneiras de se valorizar as vitórias, sem que seja adotado o “quadro de medalhas”.

ALVOROÇO:

Aqui no Brasil, os alvoroçados torcedores do piloto da casa, acharam uma maravilha as medalhas e projetaram: se fosse neste ano (2008), Felipe Massa teria sido o campeão, afinal de contas teria no quadro de medalhas seis ouros, contra cinco de Lewis Hamilton. Tão longo surgiu o comentário, lembrei: o ouro a mais seria o da corrida da Bélgica e repetiria: injusto.

MOTOS:

Schumacher revela a sua paixão por andar próximo ao asfalto, ao se referir que pretende continua pilotando em campeonatos de motociclismo. Quer arrumar confusão na vida. Depois de escapar ileso de 16 temporadas na F1, chegando à casa dos 40 anos, o alemão deveria escolher uma “emoção” com menos risco. Mas, quem sou eu para recomendar...

DÚVIDA:

A Honda está em duvida sobre qual brasileiro vai usar em 2009. Talvez, por força do patrocínio da Petrobras, embora ambas (equipe e patrocinador) neguem que aja obrigatoriedade de uso de um brasileiro como piloto do carro japonês. Lucas di Grassi parece ter sido descartado. Restou a disputa em Rubens Barrichello e Bruno Senna. Acho que pela força do nome dá Senna.

URUGUAIANA, 03 DE DEZEMBRO DE 2008.