quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ENTRESSAFRA:

Nesta época do ano, para a F1. São as férias das pistas, da equipe de trabalho. Porém, muita agitação nos bastidores, com a montagem das equipes. Neste ano, em especial, as novidades correm a uma velocidade maior do que os próprios carros. O troca-troca é constante, talvez, como nunca antes visto.
Além da entrada de várias novas equipes, mudanças entre motores e montadoras. Saíram: Toyota, BMW, como já tinha saído a Honda. Mas, saudou-se a chegada definitiva da Mercedes, que – nesta semana – comprou a Brawn.
Entre os pilotos, Glock conseguiu uma das vagas na novata Manor. A outra pode ser de Luca di Grassi, o brasileiro, que também espera pela Renault. Barrichello foi para a Williams, com o atual campeão da GP2, Nico Hulkeberg.
Mas, a mais bombástica noticia da entressafra é a contratação de Jenson Button pela McLaren. Os ingleses terão dois campeões e continuarão exibindo o número UM em seus carros. Por esta, ninguém esperava.

MERCEDES:

A Mercedes revive as “flechas-de-prata” adquirindo a Brawn. Terá Nico Rosberg e busca um piloto de ponta para o primeiro carro. Principalmente, depois de perder Button para a McLaren. Fala-se até na busca de Michael Schumacher, o que seria um investimento de muitos milhões de euros. Mais fácil, mais econômico e mais recomendável é trazer o finlandês Kimi Raikkonen.

MOTOR:

Como já mencionei, Barrichello vai para a Williams. Dependerá da força do motor (novíssimo) Cosworth. É bom lembrar que enquanto todos os motores estão “gelados” em seu desenvolvimento, a velha nova marca continua desenvolvendo o seu propulsor. Isto, pode constituir vantagem. As informações são que o motor é bom, durável, mas beberrão.

OS OUTROS:

Felipe Massa terá a incomoda concorrência de Fernando Alonso na Ferrari. Bruno Senna estará na Campos, mas ainda não anunciado o seu companheiro. Di Grassi pode ser da Manor ou da Renault. Até Nelson Ângelo Piquet poderá arrumar um lugar na Force Índia. Esperemos, então.

URUGUAIANA, 18 DE NOVEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

OS TOPS DEZ:

Na semana passada apresentei a minha lista dos dez melhores da temporada da F1. Sempre a primeira lista publicada. Pois hoje, justifico a escolha:

1º) ROSS BRAWN: pela primeira vez, o lugar principal não ficou com um piloto. Porém, a escolha é plenamente justificada, já que Ross Brawn entrou na temporada com o espólio da Honda, equipe que nos últimos anos vinha de fiascos, ocupando as últimas posições. Criou o revolucionário difusor duplo, que acabou decidindo o campeonato para seu time e seu piloto. Acreditou em dois pilotos que, também, não vinham tendo destaques: Jenson Button e Rubens Barrichello. O carro fez ambos ocuparem as principais posições durante toda a temporada. Por Brawn ter feito o carro e feito seus pilotos vencedores, se tornou mais importante personagem da temporada.

2º) ADRIAN NEWEY: De igual forma, o “mago” da engenharia da F1, conseguiu fazer da Red Bull, com o fraco motor na Renault, uma equipe vencedora. Equilibrou um campeonato que parecia ser todo da Brawn.

3º) JENSON BUTTON: pelas seis vitórias e o título aproveitando-se de ter o melhor carro da primeira metade do campeonato.

4º) SEBASTIAN VETTEL: saiu atrás na disputa pelos erros cometidos no inicio da temporada. Inclusive, desperdiçou pontos importantes como no GP da Austrália (bateu com Kubica). Mas, na segunda metade abalou o domínio da Brawn. Conseguiu vitórias importantes.

5º) LEWIS HAMILTON: literalmente, carregou o McLaren nas costas. Por isto, merece o quinto lugar.

6º) RUBENS BARRICHELLO: de mérito as duas vitórias na temporada e 100ª do Brasil na categoria. Consolidou a fama de segundo piloto. Mesmo com o carro mais eficiente da temporada, não conseguiu chegar ao vice-campeonato.

7º) MARK WEBER: duas vitorias, suas primeiras na categoria. Em certo momento, chegou a assustar o prestigio de Vettel na Red Bull. Mas, depois, voltou a sua realidade.

8º) NICO ROSBERG: leão de treino. Foi o destaque das sextas-feiras em quase todos os GPS. Além disto, conseguiu conduzir bem a fraca Williams em vários GPS. De quebra, parece ter conseguido um time de primeira linha para 2010.

9º) KIMI RAIKKONEN: da mesma forma que Lewis Hamilton carregou a McLaren, Kimi carregou a Ferrari. Principalmente, depois do acidente de Felipe Massa. Provavelmente, não estará nas pistas em 2010. O que é lamentável, pois trata-se de um ex-campeão.

10º) SEBASTIAN BUEMI: confesso que fiquei entre o suíço e o alemão Timo Glock. Mas, acabei escolhendo Buemi, pois pilotou uma das carroças da F1. Ao que parece, tem talento para progredir.
Bom pessoal! Aceito criticas. E elogios, também, é claro! Pensem na lista de vocês e mandem seus comentários. (vmmaia@uol.com.br)

URUGUAIANA, 11 DE NOVEMBRO DE 2009.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

RUA:

Mais uma prova em pista de rua. Agora, a última da temporada, ocorre em Abu Dhabi. Ao exemplo de Valência, uma tentativa de uma “nova” Monte Carlo. Ninguém conhece a pista, ainda. Tem duas grandes retas e trechos mistos. E o privilégio de ser a última corrida do calendário. As equipes chegam lá descomprometidas, já que os dois principais resultados são conhecidos: Jenson Button é o novo campeão, e a Brawn GP a vencedora entre os construtores. A prova vale para os pilotos que não renovaram contrato, mostrarem serviço. É a última chance de arrumar um lugar para 2010.

AS TROCAS:

Aumentam a cada dia as informações sobre as trocas de equipes e pilotos para 2010. Tem até campeão sem emprego: Kimi Raikkonen. Definida entre as grandes somente a Ferrari que vai de Fernando Alonso e Felipe Massa. A McLaren ainda tem dúvida de quem será o companheiro de Lewis Hamilton. A Brawn provavelmente terá o campeão Jenson Button e o apoio fortíssimo da Mercedes. Há muitas vagas disponíveis, principalmente, nas novas equipes que não definiram seus pilotos.

PACTOS:

Se existe um pacto pouco democrático, este é o da “concórdia” que domina na F1. Cada alteração ou decisão terá que ter unanimidade. Falo nisto, pois é incompreensível que não seja liberada a participação da Sauber, no espólio da BMW, em 2010. Tudo porque Frank Williams velou. O veto sozinho de uma equipe pode atrapalhar um bom projeto. Atitude pouco aceitável numa categoria que perdeu muito prestigia com seus escândalos, o abandono de montadoras e mudanças constantes de regulamento.

AMEAÇAS;

Enquanto a Williams veta a Sauber, a Renault dá mostras de que ficará somente fornecendo motores. Quer sair da F1. Sair como saíram: Honda e BWM. Como a Toyotta sairá...

URUGUAIANA, 28 DE OUTUBRO DE 2009.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
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ABÓBORA:

A abóbora virou definitivamente uma carruagem. A gata borralheira saiu às pressas, quase ao apagar das luzes, do início da temporada da F1. Fez um novo campeão: Jenson Button. Fez um novo campeão de construtores: Brawn GP. De quebra, ainda conseguiu oito vitórias em 2009, metade das possíveis.
Ninguém, em sã consciência, acreditaria neste feito. Nunca uma equipe novíssima tinha chegado à principal categoria do automobilismo mundial e surpreendido tanto.
Pouco dinheiro, muita criatividade, ótimos engenheiros e bons pilotos. E um estrategista. Segredos da vitória, dos títulos. Da surpresa.

HARAKIRI:

A Honda passou vários anos na F1. Investiu, sem limites. Nunca chegou perto do objetivo traçado. Veio a crise e uma saída “estratégica”. Uma desculpa para o seu fracasso. Deixou a espólio, quase na bancarrota. A abóbora transformou-se em carruagem. O que era para ser da Honda, foi para a Brawn. Hoje, aqueles que não acreditaram no projeto devem estar pensando no harakiri...

RECEITA:

A receita da Brawn GP para conquistar os dois títulos: duplo difusor traseiro. Foi o que desequilibrou a temporada até a sua metade. Oportunidade em que, tanto a equipe, como seu piloto abriram grande vantagem na tabela. Até os outros descobrirem o segredo.

CRIATIVIDADE:

O duplo difusor, decisivo na temporada, foi à arma da Brawn. Da prancheta de Adrian Newey surgiu o concorrente maior: Red Bull. As grandes favoritas ficaram para trás: Ferrari, McLaren, BMW e Renault. O mais incrível disto é que, Brawn e Red Bull, correram com motores Mercedes e Renault, respectivamente, e conquistaram mais destaques do que as equipes oficiais. Prova cabal da importância de um bom projeto. Da criatividade.

MALDADE:

Dizia o Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada.” . Vocês sabem bem ao que me refiro...

URUGUAIANA, 21 DE OUTUBRO DE 2009.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
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OS INTERESSES:

Na última semana, neste mesmo espaço, antecipei que – em nome dos interesses – a Renault não seria punida pelo episódio de Cingapura. Dito e feito. A sentença é apenas justificativa, não punitiva. Sobrou para quem deveria sobrar, no caso, Flávio Briatore. Expulso, por definitivo, da categoria. A imprensa segue fazendo estardalhaços com a matéria. E, nós, no processo de esquecimento do assunto. Para confirmar toda a minha razão no texto anterior, basta que – breve – seja anunciado o novo lugar de Nelson Ângelo Piquet na F1.

EXPURGADO:

Muita coisa levou a FIA, proteger Nelson Ângelo, punir não punindo a Renault. O alvo era somente Flávio Briatore, cujo passado e presente aborrecia por demais os principais dirigentes da categoria (leia-se: Mosley/Ecclestone). Aproveitaram a chance para se livrar do desafeto. Custe o que custar, estão livres.

ESCÂNDALOS:

De uns tempos para cá, a F1 se vê envolvida numa interminável série de escândalos. Certamente, que na sua história de 60 anos, muita coisa escabrosa ocorreu, porém, sem que ficássemos sabendo. De uma hora para outra vieram várias revelações: a espionagem da McLaren, o vídeo pornô do dirigente máximo da categoria. Agora, o muro de Cingapura. Numa época de crise mundial, isto – querendo ou não – acaba abalando fortemente a imagem da categoria. Afugentando patrocinadores que não querem ver seus produtos expostos em escândalos. A F1, caríssima, precisa urgentemente zelar para sua credibilidade. Caso contrário, o seu risco é sério.

CALENDÁRIO:

Saiu o calendário de 2010. Teremos 19 corridas. Ótimo. Quanto mais, melhor para quem gosta. Para quem escreve. Para quem comenta. Teremos muito assunto em 2010. Estão confirmadas, por exemplo, quatro novas equipes: US F1, Manor, Campos e, por último, mais recentemente, a Lótus. Sai a BMW e, por sair outra montadora. Muda muita coisa na F1 2010.

CINGAPURA:

Em meio aos escândalos, teremos o seguimento da temporada de 2009, neste final de semana, justamente em Cingapura. Prova à noite. Circuito de rua. Iluminado artificialmente. Particularmente, não gostei do circuito, embora a corrida tenha sido interessante, justamente, por força da batida de Nelson Ângelo. E da mangueira de combustível que Felipe Massa carregou por toda a área de box. A prova será muito importante para a definição do campeonato. Previsão de chuva que complica ainda mais o quadro. Principalmente, pois os três pretendentes: Button. Barrichello e Vettel, são bons de chuva.

URUGUAIANA, 22 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
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OS SANTOS:

Realmente, não sei mais o que pensar do esporte que amo! São trinta e sete (37) anos acompanhando ininterruptamente todas as provas de F1. Quase 600 provas (completo no Japão). Já vi de tudo! Gente batendo para garantir título, várias vezes. Gente batendo por vingança. Gente burlando o regulamento. Outros espionando e copiando a criação alheia. Vi gente entregando vitória, por contrato. E mais esta – agora – gente sem jogando no muro para ficar na F1. Todos com uma desculpa pronta. Na ponta de língua para justificar suas atitudes, muitas vezes, com a complacência dos dirigentes, da imprensa e, principalmente, do torcedor, aquele que enxerga com os olhos do coração.
Não vejo comportamento ético em nenhum deles. Não vou minimiza nenhuma das atitudes tomadas contra o esporte. E não vou cria nenhuma hierarquia de pesos. Nenhum é santo. O peso de suas atitudes são todas iguais. Não se pune o crime pela quantidade, mas pelo ato. E, nestes casos da F1, os próprios dirigentes são coniventes, pois – em nome dos INTERESSES – passam a “mão” na ética e não punem exemplarmente nenhum infrator.
De outro lado, a imprensa, também por seus interesses, forja ídolos, santos intocáveis, maximizando seus feitos e minimizando seus erros. Tem sua parcela de culpa nesta história toda.
Enfim, passados 600 GPs, firmo a convicção de que não há santos no automobilismo. Não adianta insistir. Nossos ídolos são todos – sem exceção – de barro.

OS INTERESSES (I):
Querem saber como vai acabar a história do muro de Cingapura? A FIA tem interesse na continuidade de Renault na F1. Sua saída é perda certa. Portanto, não haverá punição. Piquet é um sobrenome de prestigio dentro da categoria. Três títulos mundiais. Certamente, tem um lugar reservado para ele em uma das equipes que estarão no grid em 2010. A imprensa caberá fazer muito estardalhaço em cima da matéria. Nós vamos esquecer tudo, como esquecemos as outras vezes...


OS INTERESSES (II):

Que mundo é este? Na política é um escândalo atrás do outro. No comércio, uma ganância maior do que a outra. No Esporte são fraudes aos resultados. Em quase todas as modalidades. Por trás de tudo: interesses. Este é o nosso mundo. O mundo dos interesses.

MONZA:

Em meio a tudo isto, tivemos o GP Monza. Nova vitória do Rubens Barrichello. A segunda no ano. E chegou à frente de seu companheiro de equipe Jenson Button. Ora vejam!! Não foi orientado a ceder à posição... Ainda sonha com o título, até que chegue a ordem superior.

DIFUSORES:

O polêmico difusor traseiro da Brawn GP desequilibrou o campeonato no seu início. Legalidade, no mínimo discutível. Abriu pontuação na tabela. Praticamente, título definido para um de seus pilotos. Mundial de construtores nas mãos. Ninguém mais fala no assunto. Com também, breve, ninguém mais lembrará o muro de Cingapura. Tudo em nome do esporte. Tudo em nome dos INTERESSES.

URUGUAIANA, 16 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PEDIDO DO CHEFE:

Muitas vezes, vimos na F1, contratos obrigando pilotos a cederem posição, por ordem da equipe. Às vezes, até sem eles. Felipe Massa, por exemplo, teve que ceder a vitória no GP Brasil de 2007, para que seu companheiro Kimi Raikkonen fosse campeão. Ayrton Senna, a pedido da equipe, cedeu a vitória no GP Japão, em 1991, para seu fiel escudeiro Gerard Berger. Já Rubens Barrichello, inexplicavelmente, teve que ceder a vitória no GP da Áustria, em 2004, para o alemão Michael Schumacher. Este o maior exemplo da força do contrato.
Mas, quero chegar ao episódio de Cingapura/2008. Questionar o leitor: Seria possível alguém jogar-se ao encontro de um muro, a mais de 100 quilômetros por hora para atender um pedido do chefe?

NÃO CREIO:

Pensem! Entregar uma vitória por força de contrato não é uma atitude esportiva. Mas, poderia ser compreensível. Fere a ética do esporte. Porém, cumprem-se questões contratuais. Mas, jogar-se contra um muro... Não creio ser possível.

O FIM:

Não quero imaginar que alguém possa fazer isto com o esporte que me dedico, acompanho e amo. Seria o fim...

SPA:

Como sempre, Spa teve um GP dos bons. Surpresas, ultrapassagens, acidentes, coisas que deixam interessante as corridas. Não pode ficar fora do calendário nunca. Raikkonen, especialista neste circuito, venceu. O “velho” Fisichella surpreendeu. Vettel aproveitou para superar o seu companheiro Weber e manter as esperanças de título. Quem desperdiçou a chance foi Barrichello. Poderia ter sido melhor...


TÍTULO:

Muito se especula sobre o rendimento de Jenson Button nas últimas provas. Com a diferença na tabela diminuindo para 16 pontos em relação a Barrichello e 19 em relação à Vettel. Estamos a cinco prova do final do campeonato. Vejo a posição de Button como tranqüila. Creio que o seu principal adversário é Vettel. Não acredito que a equipe Brawn vá permitir uma disputa forte entre seus pilotos, até porque já deu mostras claras de que Button é o número um. Não creio que Vettel e a Red Bull tenham força e sorte (precisariam muito dela) para reverter 19 pontos em cinco provas. Mas... Esperemos então.

KART:

Tem KART aqui, domingo. Terceira etapa do citadino/2009, organizado pela Associação Uruguaianense de Automobilismo. Local: Kartódromo Internacional, no Aeroclube, BR-290. Horário: todo o domingo, mas a coisa esquenta na parte da tarde. Vale a pena conferir.

URUGUAIANA, 02 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
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CEM:

Chegou finalmente a centésima vitória brasileira na F1. Muito aguardada. Ficamos atrás nas estatísticas apenas da Grã-Bretanha (206), que soma as vitórias dos pilotos da Inglaterra e Escócia e para a Alemanha (106), que soma as 91 de Michael Schumacher. Grupo seleto. E chegou num momento inusitado, quando não tínhamos mais do que um só representante no grid. Coisa que não ocorria há muito anos. E veio atrás de Rubens Barrichello. De onde menos se esperava...

PERFEITA:

Não era o melhor momento da Brawn GP. Por isto, relevante o feito de Barrichello, domingo. Cumpriu a risca e com louvor as determinações táticas e estratégicas da equipe. Mesmo que não tivesse ocorrido o erro no pitstop de Lewis Hamilton, a vitória não escaparia das mãos do brasileiro. Feita no velho estilo Brawn/Schumacher. Mas, o brasileiro cumpriu o seu papel exemplarmente.

PÉSSIMA:

Apesar da vitória do brasileiro, não podemos nos enganar em relação ao espetáculo de Valência. Foi péssimo. O lugar é espetacular. Na marina espanhola no mediterrâneo. Porém, isto não basta para uma boa corrida de F1. De fora a pista é belíssima, mas dentro é um verdadeiro túnel de concreto, cujos carros passam enfileirados, sem qualquer chance de ultrapassagens. E com risco, pois a velocidade é de médio-altas.

TEMPLO:

Se tiverem dois lugares especiais na F1, que não podem ficar fora do calendário, estes lugares são: Mônaco e Spa-Francorchamps, na Bélgica. Circuito de verdade. Um templo. Lugar belíssimo, dentro de uma floresta. Estradas que ligam as cidades de Spa e Francorchamps. Da Eau-Rouge, “S” em descida, seguida de subida, desafiador. Limita e diferencia os homens (pilotos) e os meninos (aprendizes). Tem a Blanchimont, curva mais veloz da F1. E tem as duas paradas: da La Source e da antiga Bus-Stop. São os freios na alta velocidade. Encontro fundamental, neste próximo domingo, para aqueles que apreciam a F1.

MÁQUINA:

Recebi na jornalista Alicia Klein, o seu livro: A MÁQUINA, Michael Schumacher, o melhor de todos os tempos. Editora Best Seller, já devorei. Indico.
URUGUAIANA, 27 DE AGOSTO DE 2009.


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ESPÍRITO ESPORTIVO – VICENTE MAJÓ DA MAIA
vmmaia@uol.com.br


O ESCOLHIDO:

Se existe um dia na semana que vejo televisão, este é o domingo. Nos outros, não! Por óbvio, devido à vasta programação esportiva. O resto não me interessa.
O meu começou com a F1, nas ruas de Valência, com a 100ª vitória brasileira na categoria. E foi ele, o Barrichello, ora vejam!! De onde menos se espera...
Teve o tênis, em Cincinnati, com um massacre de Roger Federer, primeiro contra Andy Murray, na semi e depois contra Djokovic. Mas, o Rubinho...
Veio o vôlei feminino, que – pela oitava vez – ganhou a Liga. Não respeitaram as demais adversárias. Novo massacre. Igual ao que já havia acontecido com o time masculino. Mas, o Rubinho...
Pit Stop, para o almoço, um ravióli feito pela mãe. E ela disse que não gosta da cozinha... Mas, o Rubinho...
Vi, na tarde, a Nascar. Já estou viciado nela, há algum tempo. Provas longas, muitos acidentes, nenhuma possibilidade de saber quem vai vencer, antes da última curva. São 43 carros embolados, geralmente, em circuitos ovais. Emoção a flor da pele. A categoria está num momento decisivo em sua temporada, com a escolha dos 12 melhores que vão participar do play-off final. Quem busca a vaga, neste grupo, e venceu a prova foi o jovem, polêmico, Kyle Busch. Uma espécie de “ame-o ou deixo-o” da Nascar. Mas, o Rubinho...
E veio a F-Indy, Sonoma, um misto: - como guiam mal os pilotos da Indy! A disputa acabou ficando entre o escocês Dario Franchitti e o australiano Ryan Briscoe. E na briga do título são acompanhados pelo neozelandês Scott Dixon. Mas, o Rubinho...
Terminei o domingo, contrariando a minha regra e fora da área do esporte. Fui dar uma espiada na Miss Mundo, mas, afinal, quem não fez isto no domingo? Quem não fez, perdeu! A Venezuela é bicampeã e eu passo a desconfiar que a água de lá esteja melhor do que a água do nosso chimarrão gaúcho. Mas, o Rubinho...
Todos que me conhecem sabem muito bem, que não torço pelo Barrichello. Não engoli aquele GP Áustria, em 2004. Já ocupou os melhores lugares, nunca foi campeão. Fico triste com suas declarações, com a submissão e com aquela “sambadinha” ridícula.
Mas, entre as meninas do vôlei; as costumeiras vitórias de Federer; o Buschinho, na Nascar; as barbeiragens da Indy; o bi da Venezuela na Miss; o Barrichello só perdeu para o ravióli. Mas, isto é comum. Ele sempre perde para alguma coisa...

URUGUAIANA, 27 DE AGOSTO DE 2009.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
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SOZINHO:

Vejam só!! O contestado, criticado, Rubens Barrichello é o único representante da pátria amada, no GP Valência, e quiçá dos próximos todos da temporada. Felipe Massa, como se sabe, está fora, sem prazo determinado, após o acidente em Hungaroring. Nelson Ângelo verá Romain Grosjean largar na sua Renault. Então, resta ao torcedor brasileiro, a bandeira de Barrichello. Representante da nação verde e amarela.

FONTE:

Temos que nos acostumar com esta possibilidade. De ter um ou poucos brasileiros no grid. Com o fim da geração Massa, com o destino incerto de Nelson Ângelo e a provável aposentadoria de Barrichello, a tendência é de que poucos brasileiros vejam a ocupar lugares na F1. Tudo isto, pelo fato de que não revelamos mais pilotos de primeira linha. Muito embora, creio que a fonte não tenha secado. A diminuição tem uma origem, que foi o quase fim das categorias de monopostos, no Brasil. O reflexo está aparecendo agora. Tínhamos no passado revelador de talentos: F-Ford, F-Chevrolet, F-Renault. Agora, temos somente a desmotivada F-3 sul-americana.
A tendência, portanto, é que o Brasil diminua a sua participação, num futuro próximo, na principal categoria do automobilismo mundial.


VALÊNCIA:

Depois de três semanas sem F1, retornamos as emoções. Mas, sem Michael Schumacher, sem Felipe Massa, sem Nelson Ângelo. A briga será entre Jenson Button e sua Brawn GP e as duas Red Bull (Weber/Vettel). Mas terão que dividir espaço com a McLaren, que evoluiu na última prova e, também, com a Ferrari, apesar de desfalcada, poderá surpreender com Raikkonen. Pista de rua, difícil ultrapassagem. Resultado imprevisível.

LUTADOR:

Peter Sauber pediu prazo para a FIA e registrou a BMW no campeonato de 2010. Para nós, ótima notícia. Grid cheio no próximo ano. Mas, a atitude de Sauber revela a possibilidade de mais um do velho estilo garagista retornar a F1. Sem a montadora alemã, certamente, o velho suíço irá recorrer a um motor alugado e montar a sua equipe numa “garagem”.

GARAGENS:

Guardadas as devidas proporções, voltarão ao estilo equipes de garagens na F1, em 2010: Williams, Brawn GP, Campos, Manon e Sauber. Não é o fim das montadoras. Mas, a independência da categoria.

URUGUAIANA, 19 DE AGOSTO DE 2009.


FRUSTRANTE:

Criamos todos uma grande expectativa com a volta de Michael Schumacher à F1. Não deu em nada. Por uma lesão no pescoço, oriunda de um “tombo” de motocicleta, em fevereiro, o alemão não agüentou as dores após os treinamentos realizados com a Ferrari. Não estará no grid de Valência. Frustrante para os apreciadores do automobilismo.

TERCEIRO:

A Ferrari estaria interessada em colocar na pista mais um carro em 2010. Justamente, entusiasmada com a volta de Michael Schumacher. Quem sabe não seja por aí o caminho...

DORES:

Massa com dor de cabeça. Schumacher anuncia que não volta por dor no pescoço. Recebe o comentário no twitter de Barrichello, que há algo mais do que isto. Parece haver algo mal resolvido. Ou alguém está com dor de cotovelo...

INCOMPREENSÍVEL:

Uma das grandes polêmicas desta temporada foi o anuncio dos dirigentes de que havia mais de dez equipes querendo entrar na F1, com o novo regulamento “tabelando” gastos. Foram escolhidas três delas (Manon, USF1 e Campos). Sobraram outras sete interessadas, no mínimo, segundo o que foi anunciado: Brabham, Lótus, Prodrive, Épsilon entre outras.
Incompreensível, portanto, que a BMW não tenha uma substituta pronta para ocupar a vaga. Alguém que não estava nesta “lista” terá que assumir o “espólio” da equipe.
Alguém andou exagerando...

SALVADOR:

Se muita gente que não corre, critica o circuito de Tarumã, no Rio Grande do Sul, tem o dever de manifestar agora algo sobre a primeira corrida de rua da Stock Car Brasil, realizada domingo, em Salvador...Estou esperando.

URUGUAIANA, 12 DE AGOSTO DE 2009.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
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RETORNO:

Pena que as condições sejam proporcionadas pelo acidente com Felipe Massa, mas sensacional para a F1 a volta de Michael Schumacher. Mesmo que sejam poucas corridas.
Ninguém perderá de assistir do GP Valência no dia 23 de agosto. Até a parada de três semanas parece contribuir para que todos aumentem sua expectativa para o retorno do alemão. Para que todos tenham tempo suficiente para darem as suas opiniões e os seus “achismos” sobre as condições da volta.
Realmente, para a F1 é alentador. Principalmente, num ano de tantas noticias ruins, tantas polêmicas, enfim... O significado da volta do “devorador” de recordes é tamanha, que os ingressos para o GP Bélgica, prova que será disputada depois de Valência, foram esgotados, com um mês de antecedência.

ENCONTRO:

Não pensem que Michael Schumacher vai sentar na Ferrari de Felipe Massa e fazer a pole, liderar toda a corrida e conquistar a sua 92 vitória na categoria. Terá um trabalho imenso pela frente. Aliás, somente adversidades. Explico: nunca andou na pista de rua de Valência. Nunca andou com os novos modelos da F1, cujo desenho aerodinâmico mudou por completo, inclusive, os pneus são diferentes de sua época. Portanto, não esperem grandes resultados.

MANCHA:

Tem gente (especialistas) dizendo que Michael Schumacher não deveria se expor. Manchar a sua imagem, já que – se fracassar – será lembrado por isto. Ora, a carreira do alemão foi construída em 15 anos nas pistas. Sete títulos mundiais, 91 vitórias e quase todos os recordes. Não é pelo resultado de uma ou outra corrida que ficará MENOS.

APROVEITAR:

Na verdade, para nós que gostamos de automobilismo, daquilo que é melhor nele, devemos – sim – aproveitar. Aproveitar a chance de rever um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial, quiçá, o maior de todos. O resto é frescura.

COMEÇO:

Estamos todos esperando pelo recomeço de Felipe Massa. Até acho melhor para ele, que nasceu de novo, curtir a chegada do filho. Se preparar para voltar com tudo em 2010.

FIM:

Se Massa preparasse para recomeçar, por sua vez, a semana foi de FIM para a BMW e para Nelson Ângelo. Talvez, unidos possam também recomeçar em 2010.

PAPELÃO:

Depois de todos os embates sobre a redução de custos, sobre o modo de sobrevivência da F1, a montadora BMW votou pela manutenção dos “livres” gastos. Agora, menos de um mês depois, retirasse da categoria. Abandona tudo. Papelão! Coisa muito feia. O pior é que pode ser copiada por outras. Que falta de comprometimento com o esporte e com os torcedores.

URUGUAIANA, 04 DE AGOSTO DE 2009.

quarta-feira, 29 de julho de 2009





BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA




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PREDESTINAÇÃO:

Estou escrevendo um livro sobre os ACIDENTES DA F1. Obviamente, que me detenho a pesquisar aqueles que causaram morte nas pistas. Quase tive que abrir um novo capítulo, no GP Hungria. Mas, o último, continua sendo o da Tamburello, em 1994.
Mas, vejo uma predestinação dos pilotos brasileiros, no envolvimento com acidentes inusitados. Como acompanho a categoria desde o início da década de 70, convivi com o incidente de Emerson Fittipaldi, de cujo seu Lótus, partiu uma “pedra” que atingiu Helmunt Marko, que acabou perdendo a visão em um dos olhos. Num caso, absolutamente semelhante ao que ocorreu com Felipe Massa, no sábado, em Hungaroring.
Os brasileiros, nos últimos anos, tem se envolvido com fatos estranhos as pistas. Cristiano da Matta deixou de correr após sobreviver a um acidente com um cervo, que cruzou a sua frente. Bruno Senna foi com um cachorro. Massa com uma mola. Que coisa! Senna, por exemplo, perdeu a vida por força dos pedaços da suspensão dianteira de seu Williams, que “furaram” a viseira de seu capacete. A saída da pista, na Tamburello, não seria suficiente. Fatalidades...



OUTROS CASOS:

Mas, não é só com brasileiros que ocorre acidentes estranhos. Embora a nossa predestinação para eles. Stefan Johansson também “atropelou” em cervo, em 1987. Tom Pryce, uma das revelações do final da década de 70, perdeu a vida ao bater no “extintor de incêndio” carregado por um Fiscal. Tentava-se apagar o fogo do carro do companheiro de equipe de Tom, Renzo Zorzi, em Kyalami, 1977. Morreram o fiscal que atravessa a pista e o piloto pela batida no extintor.
Inusitado, também, o que ocorreu com Alberto Ascari, em Mônaco, 1955. Um mergulho com sua Ferrari, nas águas do Mediterrâneo, após não conseguir contornar a curva do Porto. Foi salvo por mergulhadores. Morreu não prova seguinte, em Monza. Destino...

OLHO:

A grande preocupação com o acidente de Felipe Massa sempre foram com o olho atingido. Um piloto de F1 precisa estar 100% bem com os braços e com os olhos. São seus principais objetos de trabalho. Nelson Piquet, por exemplo, após o acidente e a desaceleração que sofreu em Imola,1987, disse ter perdido a noção longitudinal da visão. Disse que pilotava bem, quando estava com alguém a sua frente. Mas, perdia um pouco da noção, quando estava sozinho, sem ninguém a sua referência. É um dos problemas, certamente, que terá que passar o Felipe Massa, na sua recuperação.

ESPECULAÇÃO:

Não esperem uma definição breve das conseqüências do acidente de Felipe Massa. Ninguém, quiçá nem os médicos, terão respostas. Só o tempo! O problema do olho e a desaceleração podem deixar seqüelas.

GP:

Para nós, brasileiros, o GO Hungria se tornou quase irrelevante, diante do acidente de Felipe Massa. Mas, em se tratando de Hungaroring, uma das piores pistas em termos de emoção, até que o GP se salvou. Tivemos boas “brigas” e a vitória – quase surpreendente de Lewis Hamilton e com autoridade. No que se refere ao campeonato, à disputa tornou-se intensa entre Button e os dois pilotos da Red Bull. Agora, teremos um intervalo de três semanas.

PUNIÇÃO:

Na corrida passada, um episódio da largada envolvendo Weber e Barrichello, ocasionou a punição do australiano. Manifestei contrario, já que no miolo do pelotão vário são as manobras iguais e que não merecem averiguação dos Fiscais. Pois a prova veio a meu favor na manobra realizada por Raikkonen e que não gerou punição no Hungria. Mesmo tendo tirado da corrida o Vettel. Ambas, em minha opinião, manobras de corrida.

URUGUAIANA, 30 DE JULHO DE 2009.

quarta-feira, 22 de julho de 2009



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ESCUTE A RÁDIO GRID: (www.gridbrasil.com.br)


HUNGARORING:

Apesar de ter entrado no calendário da F1, em 1986, o circuito de Hungaroring já está fora dos padrões da atual F1. É travado, estreito e ondulado. Quase um longo kartódromo. Por estar dentro de um parque, com muitas árvores, não tem como ser reformado e adequado ao novo padrão da F1. Portanto, é uma das pistas que está na mira para sair do calendário. Poderia se disser, ainda, que o único ponto de ultrapassagem é o final da reta, reformado e ampliado. No passado, na abertura do circuito, tivemos ali, uma das mais antológicas ultrapassagens da história da F1: Nelson Piquet, de Williams, contra Ayrton Senna, de Lótus. Quem não lembra?

HORA DA DEFINIÇÃO:

O GP Hungria, no domingo, no carrossel de Hungaroring, é a hora da definição da nova tendência do campeonato. Explico: A Brawn GP venceu em todos os circuitos travados até agora na temporada. A Brawn também se deu bem nas provas com temperatura mais elevada, em face de melhor adaptação de seus pneus. A Red Bull não se dá bem em circuitos com muitas ondulações. Portanto, o favoritismo para a prova é da Brawn, pois a pista é travada, quente e ondulada.
Se houver uma nova vitória da Red Bull, é a confirmação da nova tendência do campeonato e, certamente, teremos a Brawn e Jenson Button em sérios apuros.
Resumindo: para o campeonato seria ótima uma vitória da Red Bull.

ESCOLHA:

Neste critério de avaliação, com uma nova vitória da Red Bull, obrigará a equipe escolher um de seus pilotos para enfrentar Button no restante do campeonato. Não poderá haver mais a divisão de pontos. Então, além da briga com a Brawn, a Red Bull terá intensa briga interna, durante o GP Hungria. Por óbvio, que a direção da equipe não poderá dividir os pontos entre seus pilotos e facilitar a vida do adversário. Outra questão, portanto, a ser definida na Hungria.

BRASILEIROS:

Os brasileiros, também, terão um GP especial. Barrichello quer se convencer que não é fiel escudeiro, eterno. Felipe Massa quer uma nova fase na Ferrari. Sonhar até com uma vitória nas próximas corridas. Enfim, busca a confirmação da reação. Já Nelson Ângelo corre pelo seu emprego.

URUGUAIANA, 22 DE JULHO DE 2009.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

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INVERSÃO DE FORÇAS:

Depois de um domínio avassalador da Brawn GP nas primeiras sete provas da temporada, chegou à vez da Red Bull mostrar a sua força. Inverteu-se o leme do campeonato. Já não se pode afirmar com plena convicção de que Jenson Button será o campeão. Nem pode se afirmar que é o seu verdadeiro adversário, em face de indefinição entre os pilotos dos carros energéticos (Vettel/Weber). A vantagem do inglês ainda é grande e confortável. São 21 pontos, faltando oito provas para o final. Portanto, ainda basta para Button simplesmente chegar em segundo em todas elas. Ficaria com o título com a vantagem de cinco pontos.

DIVISÃO:

Um dos grandes benefícios que Button terá nas próximas provas é a divisão de pontos interna entre os pilotos da Red Bull. Ambos lutam pelo título, portanto, a equipe ainda não definiu e isto pode acabar beneficiando ainda mais o inglês, que corre com todas as atenções de sua equipe. Sem concorrência interna.

SEGUNDO:
Quando Ross Brawn escolheu Rubens Barrichello como segundo piloto de sua equipe, deixando de lado as opções (entre elas Bruno Senna), estava quase que evidente, que o brasileiro serviria para a nova equipe com sua experiência de recordista em participações na F1. Todo mundo enxergava Barrichello como segundo piloto da Brawn. Ao que parece, somente ele acreditou no contrario.

CULPADO:

A Brawn errou no segundo pit-stop de Barrichello. A mangueira não funcionou. Porém, não se pode atribuir a isto o seu sexto lugar e toda a sua reclamação no final da prova. Ele ficou várias voltas atrás do Massa e não conseguiu passar e acompanhar os Red Bulls que estavam a sua frente. Nem com a punição de Mark Weber (achei injusta, embora irrelevante para o resultado final). Portanto, foi culpado pelo resultado. Culpado por ter iniciado uma discussão inútil com a sua equipe.

OFICIAL:

A “cobertura” oficial equivocou-se, como sempre. Afirmou que Barrichello foi prejudicado no primeiro pitstop, já que poderia ter voltado à frente de Felipe Massa (aliás, Barrichello ficou 11 voltas atrás de Massa, sem conseguir passar, fato que decidiu o seu destino na corrida). Terrível o equivoco do “GB” e sua turma! Na primeira parada, a Brawn usou somente 6,6 seg para colocar o brasileiro de volta na corrida. Melhor pitstop do final de semana inteiro. Queriam o quê??

MONOPÓLIO:

Está difícil de agüentar a “cobertura oficial”. Com as constantes “teorias conspiratórias”. Como não existe outra opção sou obrigado acompanhar. Mas, torcendo pelo fim do monopólio.


RÁDIO GRID:

Já está no site GRID BRASIL (www.gridbrasil.com.br) a mais nova atualização da RÁDIO GRID, o POD CAST do site. Comentários de especialistas e analistas de automobilismo. A produção e apresentação são minhas.
URUGUAIANA, 15 DE JULHO DE 2009.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

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DE VOLTA:

Está de volta a F1!! Depois de uma parada de três semanas, as equipes estarão em Nurburgring, em mais um capítulo (9ª etapa), metade da temporada. A parada certamente serviu para ajustes das equipes que ainda pretendem vencer nesta temporada. Na engenharia de ponta da F1, é tempo suficiente para que as equipes descubram novos segredos. É tempo para a Brawn GP achar soluções para pistas frias, já que o asfalto da Alemanha estará na temperatura aproximada de 15º. É tempo da Red Bull achar novas peças e equilibrar definitivamente a temporada.

VANTAGEM:

O carro da Brawn GP continua muito bem. A vantagem de Button (64p) em relação à Vettel (39p) é de 25 pontos. Faltam nove (09) prova. Como a tabela prevê a diferença de somente dois pontos entre o primeiro e o segundo, fica difícil descontar. Assim, para que o campeonato ganhe emoção, necessário é que Button não marque pontos em uma das próximas provas, com Vettel conquistando bons resultados. Caso contrário, não há como descontar a vantagem.

AS NOVAS:

Tenho dúvida sobre a entrada das novas equipes na F1. Aquelas escolhidas “a dedo” pela direção da categoria (Campos, USF1 e a “Manon”). Explico: elas requereram a inscrição baseadas no fato de haver o tabelamento de gastos, o dito “teto”. Com o novo acordo entre as grandes equipes e o adiamento da regra, creio discutível a entrada desta turma nova na F1, em 2010. Vejam que não há qualquer movimento delas até agora. Ninguém viu seus carros, ninguém foi especulado como piloto, não se sabe de engenheiros e sedes. Creio ser possível que o grid continue com 20 carros em 2010, ou menos, com a retirada de uma das montadoras. Espero que não! Mas, tenho dúvidas...

CONDIÇÕES
:

Não quero crer que as “novas” entrem na F1, com carros “econômicos”, barateando os custos, concorrendo com as grandes. Se fizerem isto, será um fiasco anunciado. Imaginem encher o grid com seis carros, chassi e motor básico e concorrerem com as grandes montadoras. Provavelmente, “queimarão o filme”. Ninguém quer perder na f1. Principalmente, levando-se em conta que as equipes de ponta sempre estão em melhores condições na hora de partilhar o “bolo” e negociar os patrocinadores, estes fundamentais para a manutenção dos investimentos. As pequenas ou novas que entrarem com um “kit” básico, certamente, ficarão para trás em tudo. Portanto, vamos aguardar o desfecho de tudo.

URUGUAIANA, 07 DE JULHO DE 2009.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

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MAIS IMPORTANTE:

Mais uma vitória de Jenson Button. Mais uma vitória da Brawn GP. Venceram em todos os tipos de pistas, em todas as condições, faça chuva, faça sol. Nada mais resta, a saber, no campeonato. Button já é campeão. Porém, algo de muito relevante vai ser objeto de muita analise a partir do que se viu nesta temporada: a importância da engenharia.
Veja-se que – até o final da temporada passada – Jenson Button amargava as últimas posições com um carro extremamente problemático como era a Honda. Num Passo de mágica, assumiu – quase na abertura desta temporada – um dos carros da Brawn e lidera facilmente o campeonato.
Qual a leitura que se pode fazer disto? Simples !! Um ótimo engenheiro é muito mais importante do que um bom piloto. O engenheiro consegue fazer milagres de transformar um carro perdedor, num vencedor. O piloto, me desculpem, não!!!

CABAL:

Tínhamos a noção da importância do carro. Agora, temos a prova cabal. Incontestável. Não estou dizendo com isto, que o piloto não tem importância. Porém, reduzo esta. A transformação da Honda em Brawn é a confirmação. Lembro da velha máxima: “Maior inimigo é o companheiro de equipe”. Única chance que o piloto tem de provar que é melhor.

REPROVADO:
O regulamento deste ano, com pneus lisos, limitações aerodinâmicas, difusores e etc está reprovado. Com nota vermelha e baixa. Vínhamos de quatro temporadas decididas na última prova. No detalhe, como a última em Interlagos. As novas regras deram ampla vantagem para uma só equipe, que soube “LER” melhor o regulamento. Não teremos mais interesse. As próprias equipes já estão se desmotivando e trabalhando no projeto do próximo ano. Portanto, retrocesso num momento crucial da F1.

FRIAMENTE CALCULADO:

Não lembro bem o nome do personagem que dizia fazer as coisas “friamente calculadas”. Creio que se tratava do Agente 86. Uma versão mais moderna da “Pantera Cor de Rosa”. Acertava as suas ações no último detalhe, sem a mínima intenção, com carregadas doses de sorte. E seguia sobrevivendo...
A história do novo regulamento da F1, com a LIMITAÇÃO DE GASTO, estão mais ou menos parecidas com a carreira do atrapalhado “86”. Os agentes Mosley e Ecclestone chegaram a montar uma estratégia, noticiando que as equipes deles (March=Mosley e Brabham=Ecclestone) estariam escritas no campeonato mundial de 2010. A seguir, o todo poderoso Mosley fez uma declaração tão bombástica, quanto ao nosso político (**) gaúcho: “- Estou me lixando para as montadoras.” E, ainda: “- Elas que criem uma competição...”
Na verdade, os “agentes” da F1 querem mesmo é colocar pressão nas “grandes” para a aprovação da “tabela” de gastos. Para isto, querem demonstrar que tem muita gente interessada em ocupar vagas na F1, desde que aja a drástica redução dos custos. Na listagem deles, já chegam a vinte (20) o número de inscritas para 2010.
Certamente, como no caso do atrapalhado agente 86, a F1 sobreviverá a mais esta. As montadoras ficarão; não vai haver nenhuma categoria nova, os custos descerão, e a March e a Brabham não disputarão a próxima temporada. Tudo friamente calculado...

(**) Aliás, político que construiu o autódromo de Santa Cruz do Sul.

URUGUAIANA, 10 DE JUNHO DE 2009.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

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APESAR DAS CIRCUNSTÂNCIAS:

Vocês que lêem este espaço sabem da minha posição em relação à Brawn GP. Defendi a tese de que a nova sensação inglesa seria alcançada. Esperava, eu, confesso que isto ocorresse na fase européia do campeonato, após o intervalo das quatro primeiras provas. Mas, o que se viu na China foi um avanço da Red Bull, mesmo que circunstancial, devido à chuva. Porém, lembro, que Sebastian Vettel poderia estar somente cinco pontos atrás de Jenson Button, não tivesse cometido a besteira de “brigar” com Kubica, na Austrália, onde tinha – no mínimo – o terceiro lugar garantido. Assim, se a Brawn é a força deste inicio de campeonato, posso afirmar que a Red Bull é a sua grande concorrente. A tendência é que a disputa fique cada vez mais acirrada, inclusive, com o avanço de outras equipes.

LONGA:

Para compensar a “meia” corrida anterior na Malásia, o GP China foi uma das mais longas dos últimos anos. Terminou com duas horas de corrida, devido à chuva e o Safety-Car. No aguaceiro, como sempre, varias ultrapassagens, rodadas, barbeiragens, estratégias que deixavam indefinidas a luta pelos pontos. Vettel confirmou ser bom de água. Barrichello, nem tanto, esperava mais do que a volta mais rápida da corrida feita no único momento em que a pista este mais seca. Massa vinha bem. Hamilton e Alonso – apesar de rápidos - cometem muito erros. Button regular, já pensando nos pontos e no campeonato.

TIME “B”:

Ironia do destino: A Mercedes prioriza a McLaren, mas quem vence é a Brawn. A Renault não vence com a sua equipe principal, mas com a Red Bull Racing. É a prova da desordem das grandes...

PERTURBAÇÃO:

A perturbação das grandes equipes é visível. Os carros não andam, os pilotos cometem erros, os pontos são poucos e, no caso da Ferrari, nenhum, em três corridas. Especula-se troca de dirigentes e até de pilotos em alguns casos. As grandes estavam desacostumadas a andar atrás. O quadro só se reverte, quando reinar a calma. Do jeito que as coisas andam ninguém consegue trabalhar tranqüilo. O mais incrível disto tudo é que passada a terceira corrida e tem gente falando no carro de 2010 e que a temporada está perdida. Alerto: tem muita coisa pela frente para jogar a toalha agora.

EMPREGO:

Senti algo no ar, quando li o desabafo (agora negado) de Nelson Ângelo. Tinha conteúdo justificativo. Ou de desculpa como queiram. Provavelmente, ele esteja andando com material inferior. Porém, os erros cometidos, as rodadas e batidas freqüentes, autorizam a rescisão do contrato. Nelson Ângelo fez bela carreira nas categorias inferiores, o que mostra se tratar de um bom piloto, porém, sempre teve a atenção total de suas equipes. Agora, não está conseguindo conviver sendo à sombra de Fernando Alonso e com a pressão dos resultados. Uma pena!

SEGUE:

A quarta etapa da F1 acontece neste final de semana. No Bahrein, no “velho” horário habitual da F1, às 09:00 da manhã. Os treinos são às 08:00 de sábado.

URUGUAIANA, 20 DE ABRIL DE 2009.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

OS DIFUSORES:
Por Vicente Majó da Maia - vmmaia@uol.com.br

A luta dos difusores é quase igual à luta do grande contra o pequeno. Do forte contra o fraco. Do bem contra o mal. Da FIA esperava-se qualquer coisa, neste julgamento. Já vimos cada decisão e imposição, nos últimos tempos, que nos autorizava a pensar e especular qualquer resultado final. Porém, foram mantidos e considerados legais. Fim da polêmica. Os pontos conquistados foram confirmados na tabela. Surpreendentemente, a Brawn lidera e Button segue como favorito ao título.
Mas, não sou engenheiro, nem especialista em aerodinâmica para emitir uma opinião corretíssima sobre o assunto; parece-me clara a vantagem de quem usa a peça. Basta ver o domínio da Brawn, o crescimento da Toyotta e os treinos da Williams. Todas as que tiveram a “visão” do funcionamento do dispositivo.
A vantagem da Brawn é “gritante”. Basta ver o carro bem sentado na pista nas curvas, muito menos, arrisco que os demais. A vantagem é visível. Percebível por quem está acostumado a acompanhar a F1.

CORRIDA DAS PRANCHETAS:

Agora, a corrida não é na pista. Os engenheiros das demais sete (07) equipes – sem difusores - correm atrás do tempo perdido. Pranchetas, desenhos, simuladores, enfim... Uma corrida contra o tempo perdido e a vantagem conquistada pelos espertos adversários. A Renault, por exemplo, já anunciou um equipamento “genérico” para o GP China, neste final de semana. Vamos ver se mais outras conseguem levar a pista suas engenhocas.

DECIDIDO:

Alguns mais pessimistas já entregaram as fichas para a Brawn, Toyotta e Williams. Para a “gang” dos difusores. Como a F1 não permite mais os testes, durante a temporada, entendem não terem chances de recuperar o tempo perdido. Não compartilho com esta posição. Acho que tem muita coisa ainda para acontecer na temporada. Inclusive, pode ocorrer uma reviravolta. Esperemos, então!

MÁGICA:

Embora o meu otimismo em relação ao equilíbrio da temporada, reconheço que os engenheiros das sete sem difusores terão um enorme trabalho para igualarem. Não é só colocar a peça e pronto!! Muita coisa do carro precisa ser redesenhada, para que se atinja o resultado esperado. Mas, como se trata de mágicos da prancheta, tudo é permitido. A maior dificuldade é que os testes das modificações ocorrerão nos treinos de sexta-feira, que passarão a ter uma grande importância no campeonato.

CHINA:

Domingo é na China e de madrugada, novamente. A prova começa as 04:00 horas. Ah! Como eu gosto das corridas da madrugada...

URUGUAIANA, 15 DE ABRIL DE 2009.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

PEQUENA GRANDE CORRIDA


PEQUENA GRANDE CORRIDA;

Eram previstas 56 voltas. Correu-se 31. Porém, ninguém tem nada para reclamar. Foi uma pequena corrida de grandes emoções e expectativas. Pontos pela metade, o fato negativo. Não discuto a hora da corrida, pois aconteceu tanto coisa boa, que não me cabe analisar a ação da natureza. Não tivesse chovido, não teríamos tantas emoções e a corrida teria terminado na hora marcada.
Analiso que a Brawn é uma grata confirmação. Que a Toyotta evoluiu muito. E quem tem o KER estilinga na largada. E mais, as grandes estão completamente perdidas sem o difusor e atrapalhadas na suas entranhas. Ninguém se entende. Erros grosseiros que começam em mentiras para ganhar posições (McLaren, mentiu na Austrália, para Hamilton ganhar a posição de Trulli, não levou) e terminam na absurda escolha dos pneus de Raikkonen, na Malásia. Sem falar na avaliação do treino, no tempo da primeira parte (Q1). Ninguém assume os erros, o que é pior. Numa tendência de que eles possam continuar.
Mudou a F1. Para o bem geral dos amantes. Foram duas etapas. Falta muito ainda a acontecer. É só esperar.

REVIRAVOLTA:

Creio numa reviravolta breve na F1. Não acredito no domínio continuado da Brawn. Porém, entendo que ela se mantenha entre as primeiras, inclusive, obtendo novas vitórias, mas não um massacre. Nem um “fogo-de-malha”. No dia 14 de abril teremos importante decisão sobre o uso do difusor. Caso seja confirmado, já na China as grandes apresentam a sua versão inicial (ou genérica) da “peça”: Renault, McLaren e Ferrari. Quando chegar a fase européia, certamente, as coisas estarão ainda mais equilibradas e muitas equipes (e pilotos) poderão dividir vitórias e pontos importantes.
Talvez, a grande situação de Jenson Button é levar 15 pontos de vantagem em relação a três grandes pretendentes ao título: Massa, Raikkonen e Kubica. Tem vantagem de 14 em relação a Hamilton e 11 pontos em relação a Alonso. Eram cinco pretendentes ao título, que viraram seis com a surpresa da Brawn. A vantagem de Button conquistada agora é significativa e que pode ser muito importante no final do ano.

IMAGINAÇÃO:

Por mais criativo e arrojado que fosse o nosso palpite para o campeonato de 2009, ninguém imaginaria a revolução que proporcionou a Brawn. Todos – sem exceção – apostavam, no inicio da temporada, em: Massa, Hamilton, Alonso, Raikkonen e até no Kubica. Nunca nos pilotos da Brawn. É a transformação da F1. para o bem de todos e felicidade geral dos amantes do automobilismo. É o fim de marasmo.

URUGUAIANA, 07 DE ABRIL DE 2009.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A VOLTA DOS GARAGISTAS:

A Brawn confirmou! Fez jus a tudo aquilo que se disse dela, depois dos últimos testes. Fez dobradinha (mesmo que circunstancial, no caso de Barrichello), no primeiro GP do ano. Deu uma verdadeira lição nas grandes montadoras. Um carro simples, bem “grudado” ao solo, sem KERs, mas com um revolucionário “difusor”. Obra-prima. Aparentemente, sem dinheiro (despediu boa parte da equipe de trabalho, depois da corrida). Mas com soluções criativas, fazendo a F1 lembrar os “velhos” garagistas que marcaram a história da categoria.
O feito desperta a atenção de vários outros construtores que tiveram que deixar a categoria, em face de avalanche das montadoras. Agora, com o aparente declino das mesmas, passam a cogitar a volta ou a adesão de novos. É uma nova revolução da F1. A valorização das soluções caseiras.
Não escondo minha preferência: grids cheios, carros de garagem, engenheiros criativos. A volta dos velhos tempos...


IMPORTÂNCIA DO CARRO:

Ficou gritante a importância do carro, nesta revolução da F1. Talvez, o fato mais negativo. Enquanto se debate a importância do piloto, na pratica, isto não funcionou. O comparativo com o ano passado é quase inevitável. A Honda não tinha carro, seus pilotos não andaram em 2008. Bastou a Brawn ter um projeto bem nascido e pronto! Venceram com méritos. Portanto, valorizou-se o carro e minimizou-se o piloto.

GUERRA:

Ficou evidenciada a guerra da engenharia. Os carros bem nascidos têm o DNA de Ross Brawn (um mago não de agora) contra Adrian Newey (Red Bull) e contra Willi Rampf (BMW). Ficaram para trás, na primeira prova, os engenheiros das grandes: McLaren e Ferrari.

PNEUS:

O grande problema para se administrar na prova da Austrália foram os pneus “moles”. Não duraram mais do que seis (06) voltas. Uma tragédia. Talvez, a coisa complique mais ainda no próximo final de semana, quando teremos a segunda etapa na desértica Malásia. Portanto, possivelmente teremos um desgaste ainda maior. A estratégia passa a ser fundamental.

ANSIEDADE:

Atribuo à ansiedade o acidente entre Kubica e Vettel. Dois jovens, querendo espaço. Não acredito que Kubica pudesse “buscar” Button, como disse. Assim como, acho exagerada a punição ao Vettel.

HORÁRIOS:

Com as determinações da FIA, os horários das provas foram adaptados para que as transmissões da televisão sejam no domingo pela manhã na Europa. Assim, tivemos o GP Austrália no incomodo horário das 03:00 horas. Na Malásia a corrida será às 06:00 horas. Fica um pouco melhor do que “cortar” à noite. Mas, teremos um novo madrugadão no domingo (05/04/2009).

URUGUAIANA, 01 DE ABRIL DE 2009.

quarta-feira, 25 de março de 2009

INQUIETAÇÃO

INQUIETAÇÃO:

Dominei a ansiedade jogando xadrez. Afinal de contas, a cada movimento que faço, sou obrigado a esperar pela resposta do adversário. Restou-me a inquietação, eventual; principalmente, quando se trata de algo novo ligado ao esporte. É assim que me encontro na espera pela abertura da temporada da F1, em 2009.
A prova será na madrugada de sábado para domingo (03:00 horas). Melhor ainda... Sempre me confessei um apaixonado pelas provas da madrugada. Mas, a cobertura da televisão começa cedo. Na quinta, às 22:00 horas já teremos um verdadeiro desfile dos novos carros, pelas apertadas “ruas” do Albert Park, em Melbourne, Austrália. Ali já poderemos tirar a “febre” das possibilidades de cada competidor, de cada equipe. Alguns mistérios revelados.
Estou abrindo a minha 38ª temporada, acompanhando a F1. Uma vida. São quase 600 provas ininterruptas. Sendo que – em toda a história – a F1 correu 804 vezes. Cheguei a calcular muito mais de mil horas de minha vida, assistindo provas da F1. Só de provas ao vivo. Sem contar o resto... Não gastei e não desperdicei um segundo sequer deste tempo de dedicação. Foi tudo sempre extremamente prazeroso.
Começou com a companhia de um rádio de pilhas, no distante ano de 1971, quando não tínhamos ainda um campeão brasileiro. Nem televisão em Uruguaiana... A primeira – ao vivo – foi pela televisão em Porto Alegre, em 1978, quando ainda não estudava Direito (Ciências Jurídicas e Sociais, na época).
De lá para cá, montei um arquivo invejável, onde – entre outras relíquias – tenho toda a carreira de Ayrton Senna, gravada no meu velho e arcaico videocassete.
Este gosto, que vocês podem chamar de fanatismo, doença, qualquer outra coisa, acabou contribuindo decisivamente para outro vício: a escrita. Hoje, meus textos são publicados em vários jornais e sites do Brasil e do exterior (Argentina, Portugal e Espanha). Tornei-me até conhecido e “alimento” meu blog especialmente sobre automobilismo, onde armazeno meus textos (www.blogbandeirada.blogpot.com).
Neste final de semana, depois de cinco meses (da última prova no Brasil), vou preparar o meu ritual. Vejo todos os treinos, leio tudo que posso na internet, principalmente, as opiniões dos especialistas e amigos que convivo. Mas, no domingo, preparo e atraso bastante a janta, cuja sobremesa será a BANDEIRADA de largada de mais uma temporada. Aliás, campeonato que tem tudo para ser sensacional, com as regras novas, carros praticamente reconstruídos, pneus lisos, sem favoritos, por enquanto.
Vou curtir muito este momento. Para mim absolutamente especial. Assim como, curto muito parar a vida para assistir o esporte na televisão. Fiz disto, um dos grandes prazeres da minha vida e a convicção de que a felicidade está presente sempre neste momento.

URUGUAIANA, 25 DE MARÇO DE 2009.

OBS.: **** CONVIDO aos leitores: acompanhar o especial do VOZES DO ESPORTE, no sábado pela manhã, a partir das 9:15 horas, pela Rádio São Miguel – AM 880, ou pela internet: (WWW.portaluruguaiana.com/smiguel). Confirmada a participação de CELSO ITIBERÊ, do Globo do Rio de Janeiro, um dos grandes especialistas da F1.